A pandemia do novo coronavírus fez muitas pessoas adiarem viagens, tanto de lazer como de trabalho, e mesmo com a reabertura das atividades econômicas em boa parte do Brasil, especialistas em saúde alertam que o ideal continua sendo não viajar. Entretanto, nem todo mundo pode seguir a recomendação, por isso, é preciso manter-se vigilante quanto aos cuidados de higiene e proteção individual e coletiva.

Para o infectologista Marcelo Cordeiro, consultor do Sabin Medicina Diagnóstica, independentemente do modal de transporte escolhido (ônibus, barco ou avião), o viajante precisa observar todas as questões de segurança para a sua saúde, o que já deve começar em casa, no planejamento da viagem.

Antes de comprar a passagem, procure se informar sobre a situação da pandemia no local de destino: número de casos, taxa de letalidade e taxa de ocupação na rede hospitalar, tanto pública quanto privada. Se não for possível adiar a viagem, a escolha de uma agência ou companhia de confiança também ajuda. Algumas possibilitam fazer o check-in por aplicativo.

Tome cuidados também com sua mala e bagagens de mão. Se possível, as embale com papel filminho e coloque uma identificação que seja percebida de longe. Se puder preparar em casa o alimento que será consumido no trajeto, faça-o. Isso evita descer em locais com muita circulação de gente, como nos restaurantes de estradas, por exemplo.

“Deve-se fazer o possível para evitar aglomerações na hora do embarque e desembarque, procurando cumprir o distanciamento mínimo de dois metros”, orienta o Dr. Marcelo Cordeiro.

O infectologista também recomenda não descuidar na higienização das mãos sempre que tocar alguma superfície, seja com água e sabão ou álcool em gel 70%.  “Não abra mão de ter consigo o seu próprio álcool, e use máscara sempre. Caso a viagem seja longa, leve algumas de reserva, para trocar periodicamente”.

Para quem vai por via aérea, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) permite que, em voos domésticos, o passageiro transporte até 500ml de álcool em gel em sua bagagem de mão. Já nos internacionais, o limite máximo é de apenas 100ml.

Responsabilidade de todos – As ações preventivas e protetivas não podem, porém, ser responsabilidade apenas do passageiro. Administradoras de rodoviárias, portos e aeroportos, assim como as companhias que gerenciam os meios de transportes, também precisam fazer sua parte. Nesse sentido devem redobrar a higienização dos espaços coletivos (como recepções e banheiros) e interditar assentos ou espaços para armadores de redes (no caso dos barcos), o que visa o distanciamento social para evitar a contaminação. Também é importante medir a temperatura dos passageiros antes de acessarem os terminais, permitir que despachem suas malas sozinhos, sem contato com funcionários, e disponibilizar álcool em gel em quantia suficiente para a atender a todos.

Fonte: Repercussão Assessoria

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