Com o envelhecimento da população brasileira em curva ascendente, a profissão de cuidador de idosos é uma das que mais cresce no país. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre 2007 e 2017, houve um crescimento de 547% no número de profissionais da área, saltando de 5.263 para 34.051 cuidadores. Já os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados pelo Ministério do Trabalho em 2018, apontam que a atividade ultrapassou a de professor de educação infantil, que figura em segundo lugar.

As perspectivas de oportunidades na área, porém, não param por aí, já que a cada ano cresce mais o número de idosos no país. Conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2050, o Brasil terá uma população de 40 milhões de pessoas acima de 60 anos.

Mas se por um lado cresce o número de oportunidades, por outro, crescem também as exigências do mercado em relação ao profissional cuidador de idosos, que, além de empatia, paciência e dedicação, precisa de habilidades técnicas que só uma formação profissional pode lhe dar.

“A humanização é um requisito indispensável, mas também são necessárias algumas habilidades que só a qualificação pode oferecer, como conhecimentos básicos em saúde. O cuidador precisa saber, por exemplo, identificar sinais vitais e estar alerta para qualquer sinal de mal súbito, bem como saber administrar medicamentos e ter extrema atenção na prevenção de acidentes, principalmente quedas”, informa a professora e enfermeira Eliana Pinheiro, diretora educacional do Centro de Ensino Técnico (Centec).

Ela destaca que a falta de profissionais capacitados, ante a demanda em potencial no mercado de Manaus foi o que motivou a escola a oferecer o curso técnico de cuidador de idosos, cujas aulas iniciam no próximo dia 2 de setembro.

Perfil profissional do cuidador de idosos – O profissional da área acompanha o idoso em todas as suas atividades de rotina, auxilia nos cuidados de higiene, estimula atividades ocupacionais e de lazer, além de zelar pela sua autonomia e melhor qualidade de vida.

 “Por isso precisa ser uma pessoa extremamente dedicada, que faz mais que o esperado. Muitas vezes o idoso possui hábitos, manias que precisam ser entendidas e respeitadas”, complementa a professora Eliana.

Conforme a grade curricular do curso de cuidador de idosos do Centec, esse profissional aprende a supervisionar e administrar medicação conforme prescrição médica; organizar cardápios de acordo com orientação do nutrólogo ou nutricionista e ainda a entender melhor os problemas de saúde característicos da idade avançada, como é o caso das doenças crônicas, por exemplo.

Mas além de lidar com a rotina de saúde do idoso, o cuidador da atualidade precisa estar preparado para atender outros tipos de necessidades, como as tecnológicas, por exemplo. É que o número de pessoas da terceira idade ‘conectadas’ é cada dia maior. No Brasil, eles formam o grupo que mais cresce entre os usuários da internet, conforme a Pnad Contínua, e também o que mais se expande no Facebook, de acordo com um levantamento da consultoria SeniorLab. Ao todo, um em cada quatro brasileiros acima de 60 anos já está na internet.

Mercado e oportunidades – Além do mercado domiciliar, que representa a maior fatia de demanda na área, o profissional cuidador de idosos também é bastante requisitado por hospitais, asilos, casas de repouso e clínicas especializadas em atender idosos. O ganho médio é de R$ 1.209,22, para uma jornada de trabalho de 41 horas semanais, de acordo com o Caged, mas há variações conforme o nível de exigência do mercado em qualificação, podendo variar de um salário mínimo até o teto de R$ 1.827,40, levando em conta profissionais contratados com carteira assinada em regime celetista. 

Fonte: Repercurssão Comunicação & Marketing


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