Comemora-se nesta terça-feira (7), o Dia Mundial da Saúde, que celebra a criação, em 1948, da Organização Mundial de Saúde (OMS), entidade que luta atualmente para conter o avanço do novo Coronavírus, causador da pandemia de Covid-19. Aproveitando a importância da data, a consultora médica do Sabin, endocrinologista Dorothy Carriço, chama a atenção para a relação entre os casos mais graves de Covid-19 e a obesidade, o que tem preocupado especialistas da área.

“Recente estudo do Serviço de Saúde Inglês (NHS), aponta que sete entre dez pacientes graves de Coronavírus são obesos ou estão acima do peso. Aqui no Brasil, boa parte das vítimas que morreram em função da Covid-19 também tinha algum grau de obesidade e, muitas delas, pessoas jovens, bem abaixo de 60 anos, o que é ainda mais preocupante”, enfatiza a médica.

Ela lembra que um estudo da OMS sobre a última pandemia de H1N1, em 2009, também apontou uma grande relação entre a obesidade e os casos mais graves da síndrome, sendo isso um alerta para a população que costuma não levar a sério os riscos inerentes ao problema, que, em Manaus, afeta 22,3% da população, segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde.

“Infelizmente, esse não é um problema só dos manauaras. O Brasil tem 19,8% da população obesa e 55,7% com excesso de peso, o que tem relação direta com muitos casos de diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares e respiratórios no país. Isso, num quadro de infecção pelo novo Coronavírus, é extremamente preocupante, já que a doença costuma comprometer severamente a capacidade dos pulmões de trabalhar”, pondera a consultora do Sabin.

A obesidade está geralmente associada ao excesso de alimentação (ou à má qualidade desta) e ao sedentarismo, porém, outros fatores também podem estar envolvidos, como a predisposição genética, os distúrbios hormonais e até mesmo problemas de cunho emocional e psicológico.

“A obesidade em si já é considerada uma doença, que pode contribuir para o aparecimento ou agravamento de outras. Daí a necessidade de estar atendo ao que se come, para que além de uma alimentação balanceada, também possamos consumir esse alimento numa quantidade adequada às necessidades do organismo, bem como combinar isso com uma boa dose diária de atividades físicas”, orienta a doutora Dorothy Carriço.

Isolamento social e ansiedade – O isolamento social foi adotado no mundo todo como uma das medidas para tentar conter o avanço do novo Coronavírus, porém, isso tende a aumentar a ansiedade de algumas pessoas, que podem acabar encontrando na comida uma ‘consolação’ às suas angústias. Para que isso não ocorra, especialistas recomendam não relaxar no cuidado com a alimentação e, principalmente, usar o tempo ‘livre’ para a prática de hábitos saudáveis, como as atividades físicas.  “É importante sempre buscar alternativas para aliviar a ansiedade, e movimentar o corpo pode ser uma delas, o que faz bem tanto para a saúde mental quanto física”, enfatiza a endocrinologista.

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