O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) foi um dos seis tribunais estaduais no Brasil a alcançar o patamar de 100% no Indicador de Produtividade Comparada (IPC-Jus) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A informação consta no Relatório Justiça em Números apresentado na terça-feira (25/8) pelo Conselho, que divulgou um panorama dos indicadores de qualidade do Poder Judiciário no ano de 2019.

Com isso, o tribunal amazonense passa a figurar como um dos seis mais produtivos do Brasil. Segundo o presidente da Corte, desembargador Domingos Jorge Chalub, o resultado reflete o profissionalismo, o alto grau de competência e a proatividade dos servidores e magistrados da Justiça do Amazonas.

Além do TJAM, apenas outros cinco tribunais atingiram em 100% o IPC-Jus, sendo eles os Tribunais de Justiça de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Bahia, de Sergipe e de Roraima. De acordo com Chalub, esse resultado vem sendo construído, a cada ano, pelos servidores e magistrados do TJAM desde 2015. Pela série histórica do IPC-Jus, o índice em 2015 ficou em 45,5%; no ano seguinte, subiu para 51,4%; em 2017, passou para 63,7%; alcançando 68,5% no ano de 2018; e fechou 2019 com 100% de aproveitamento.

O IPC-Jus resume a produtividade e a eficiência dos tribunais em um escore único ao comparar a eficiência otimizada com a aferida em cada uma das unidades judiciárias (Varas). Segundo o Relatório Justiça em Números 2020, em sua página 215, “os tribunais com o melhor resultado, considerados eficientes, tornam-se referência no ramo da Justiça da qual fazem parte”.

Ao tomar conhecimento do indicador de qualidade que posiciona o TJAM como um dos seis tribunais estaduais mais produtivos no país, o presidente Domingos Jorge Chalub enfatizou que o mérito é dos servidores e dos magistrados da Justiça do Amazonas e acrescentou que o índice impulsiona o TJAM a avançar, cada vez mais, na excelência dos serviços prestados à sociedade. “Ficamos extremamente felizes com este indicador de qualidade aferido e divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça e destacamos que o patamar atingido por nosso Tribunal é resultante de um trabalho incansável de nossos magistrados, servidores, estagiários e colaboradores. Ao tomar conhecimento destes índices, nos motivamos a manter o nível de eficiência, zelando pela celeridade e qualidade das decisões processuais, indo assim ao encontro do que o cidadão espera da Justiça.”

Outro fator merecedor de destaque é que, anterior ao índice de 100% (no IPC-Jus) alcançado agora, o maior indicador do TJAM no segmento havia sido registrado em 2009 (92,8%), ano em que a Presidência da Corte foi exercida com mandato temporário pelo desembargador Domingos Jorge Chalub.

De acordo com a Divisão de Planejamento do TJAM (DVPLAN), diversos projetos e ações estratégicas desenvolvidas pela Corte favoreceram a conquista: as nomeações de novos juízes – intensificadas desde o ano de 2016 e que permitiram pela primeira vez na história do TJAM que todas as comarcas do interior tivessem um juiz titular em suas unidades judiciais; mutirões para acelerar os julgamentos de casos de violência doméstica e do Tribunal do Júri; informatização das comarcas; capacitação continuada de servidores/magistrados e outras iniciativas.

Outros segmentos – No mesmo Relatório Justiça em Números, o CNJ indica outros segmentos nos quais o Tribunal de Justiça do Amazonas obteve êxito e se destacou como referência na prestação jurisdicional. Em sua página 111, por exemplo, o Relatório indica que o TJAM, dentre os tribunais estaduais, foi o quarto a registrar, em 2019, o maior índice de produtividade entre os servidores da área judiciária, ficando atrás somente dos tribunais do Rio de Janeiro, de Santa Catarina e da Bahia.

O Relatório, em sua página 120, aponta ainda que o TJAM foi o tribunal estadual do País a alcançar o maior índice de produtividade entre os servidores da área judiciária no que tange à fase de “Conhecimento dos processos em tramitação”. No que tange à produtividade dos magistrados, em sua página 138, o Relatório informa que o TJAM é um dos 15 tribunais estaduais com os melhores índices de produtividade (IPM) entre os magistrados que atuam no 1º Grau no País.

No mesmo sentido, em sua página 140, o documento revela que o TJAM, dentre os tribunais estaduais de pequeno porte é o que registrou, em 2019, é o que registrou o maior indicador de produtividade de servidores da área judiciária em 1º Grau, sendo também, o quarto com maior produtividade (no mesmo segmento) entre todos os tribunais estaduais do país. Já em sua página 142, o Relatório destaca o TJAM por ter, tanto no 1º quanto no 2º Grau, 100% dos casos (processos) novos, ingressando e, consequentemente, tramitando de maneira eletrônica.

Evolução qualitativa – Na Justiça do Amazonas, o trabalho da gestão do tribunal com vistas ao cumprimento das metas estabelecidas pelo CNJ é dirigido pela Comissão de Acompanhamento das Metas Nacionais do Poder Judiciário, sob a coordenação do desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos que, ao tomar conhecimento dos indicadores da Justiça Estadual a partir do Relatório Justiça em Números, afirmou que os índices obtidos demonstram a eficiência dos que atuam no Tribunal de Justiça do Amazonas e indica que os projetos em curso desenvolvidos pela Corte têm impactado positivamente no atendimento às demandas judiciais.

“Conforme exposto pelo CNJ, no referido Relatório, estes são indicadores que nos orgulham e demonstram que as ações estratégicas ora projetadas e posteriormente executadas, estão surtindo efeito, elevando o Judiciário do estado do Amazonas no cenário nacional ao passo em que este evolui qualitativamente no serviço diário prestado à sociedade”, apontou o desembargador Hamilton Saraiva.

Fonte: TJAM