As senadoras oposicionistas que ocuparam os lugares na mesa são: Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Sousa (PT-PI).

Elas sentaram à mesa do plenário assim que a sessão foi aberta, por volta de 11h, quando Eunício ainda não estava no local. Pelas regras do Senado, qualquer senador pode abrir uma sessão, desde que haja quórum. Foi isso que as oposicionistas fizeram.

Contrárias à reforma trabalhista, as senadoras aproveitaram a primeira hora da sessão para passar a palavra para outros parlamentares que discursavam contra a proposta enviada pelo governo.

Por volta de meio-dia, quando Eunício chegou ao plenário, o senador quis ocupar a cadeira que cabe a ele na mesa, a da presidência da Casa. No entanto, a senadora Fátima Bezerra, que estava sentada no lugar, não quis ceder o espaço para Eunício. Ele usou o microfone da senadora, apesar da resistência dela, para avisar que cortaria o som dos microfones se ele não pudesse se sentar. Após essa confusão, Eunício suspendeu a sessão.

A senadora Lídice da Mata então deixou a cadeira que estava ocupando na mesa e foi para a parte do plenário onde fica a maioria dos parlamentares. As outras quatro se mantiveram nas cadeiras onde se sentam os integrantes da Mesa Diretora. Mais tarde, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) se juntou a ela.

Cerca de 40 minutos após a sessão ter sido suspensa, as senadoras permaneciam na mesa. Fátima Bezerra transmitiu a situação do plenário ao vivo pelas redes sociais. Eunício chamou uma reunião para o gabiente dele para tratar da continuidade da sessão.

O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) disse que nunca presenciou cena semelhante no Senado. “Estou chocado. O mais importante para a democracia é votar e estão nos impedindo disso”, protestou o parlamentar.

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