Policiais federais fizeram hoje (19) uma operação para cumprir 36 mandados de prisão preventiva contra acusados de participar de esquema de tráfico internacional de drogas e descaminho de mercadorias dentro do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão. Os agentes cumprem ainda mandado de condução coercitiva e 36 mandados de busca e apreensão.

Segundo investigações da Polícia Federal, funcionários do aeroporto, de companhias aéreas e servidores da Receita Federal participavam do esquema. Entre os mandados de prisão, 23 são contra funcionários do Galeão e dois contra agentes da Receita.

Ainda de acordo com a PF, o grupo se dividia em três núcleos. Um deles era responsável por embarcar malas com cocaína em aviões com destino ao exterior. Os funcionários do aeroporto, com acesso a áreas restritas, colocavam a bagagem dentro dos aviões sem que passassem por qualquer inspeção aeroportuária.

Funcionários de empresas aéreas providenciavam a duplicação irregular de etiquetas de bagagem com o nome de passageiros que não estavam envolvidos no esquema e nem sabiam que seus nomes estavam sendo indevidamente usados.

As malas entravam na área restrita pelo setor doméstico e, uma vez dentro daquele setor, a bagagem era desviada para o setor internacional. Também entravam drogas pela área de apoio do aeroporto.

Outro núcleo era composto por funcionários do Galeão e contava com a participação de passageiros. Os funcionários do aeroporto se encontravam com os passageiros ainda na porta da aeronave e os acompanhavam até o canal aduaneiro, onde um servidor da Receita permitia a passagem da mala, que continha mercadorias legais, sem o pagamento de tributos.

Já o último núcleo criminoso atuava furtando garrafas de vinho, champanhe e garrafas em miniatura de bebidas do interior das aeronaves em pouso. Funcionários da empresa aérea furtavam os produtos, levando os vasilhames para pontos cegos.

Os presos serão conduzidos à sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Eles serão indiciados por organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, corrupção, facilitação ao contrabando e descaminho, descaminho, furto qualificado, além de associação criminosa. Após os procedimentos de praxe, eles serão encaminhados ao sistema prisional.

Agência Brasil/Portal do Careiro

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