O Amazonas é o primeiro estado da região Norte a realizar o trabalho de combate à fraude eletrônica

Considerando o aumento da tecnologia nas fraudes de bombas de combustíveis no país, o Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem-AM) em parceria com o Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo (Ipem-SP) realizou nesta segunda-feira (18/12) a operação “Fraude Eletrônica” que visa fiscalizar as bombas de combustíveis e identificar possíveis fraudes nas placas eletrônicas dos postos da capital.

A ação faz parte do treinamento prático e teórico realizado nesta segunda e na terça-feira (19/12) com os técnicos do Ipem-AM, tendo em vista que o Ipem-SP possui expertise nesse tipo de fiscalização.

O Amazonas é o primeiro estado do Norte do país a realizar o trabalho de combate à fraude eletrônica, o que, segundo o diretor-presidente do Ipem-AM, Márcio André Brito, trará maior segurança ao consumidor na hora de abastecer seu veículo. “O Instituto já fiscalizou todos os postos da capital e do interior, em relação ao volume de combustível que está sendo entregue ao consumidor, a questão da segurança, se existem lacres violados”, afirmou Brito.

O diretor-presidente do Ipem ressalta ainda que, em alguns estados da região Sul, Sudeste e Nordeste estão acontecendo fraude eletrônica em bombas de combustíveis. “São colocados chips nas placas das bombas e por meio de um interruptor ou um aplicativo de celular é feito essa adulteração. A fiscalização chega, a pessoa do posto ou de dentro do escritório aciona esse dispositivo e a bomba estaria aprovada, após a fiscalização, ele aciona outra vez e a bombas estaria dando prejuízo ao consumidor, por isso a partir de agora o Ipem Amazonas em parceria com o Ipem São Paulo está realizando treinamento nesses dois dias em cerca de 20 postos das principais redes, isso significa uma cobertura maior e uma proteção ao consumidor”, finalizou.

Durante a ação, 10 postos foram fiscalizados e nenhuma irregularidade foi encontrada em relação à fraude eletrônica. Porém, três destes postos estavam marcando dentro do limite aceitável pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), ou seja, a cada 20 litros de combustível entregue ao consumidor a margem de erro permitida é 100 ml para mais ou menos. Os proprietários dos postos foram orientados a procurar uma oficina credenciada junto ao Ipem para se regularizar no prazo de 24 horas, e não exceder o limite permitido.

A parceria entre os órgãos visa combater a fraude eletrônica que está se espalhando pelo País. “A parceria técnica que estamos fazendo com os técnicos do Ipem do Amazonas é para capacitar os mesmos, caso haja algum tipo de fraude. Esse tipo de fraude começou no Sudeste e infelizmente está se espalhando pelo Brasil. O consumidor abastece 20 litros, mas na verdade está entrando no tanque dele 18 ou 19 litros. Isso é uma fraude de quantidade acionada por microprocessadores instalados nas placas das bombas, acionada por controle remoto”, afirmou Guaracy Fontes Monteiro, superintendente do Ipem-SP.

Para o consumidor Roberto Andrade, a fiscalização é importante, pois dar a segurança para que o consumidor não seja enganado. “É importante para que se mantenha uma boa qualidade e não dê problemas nos carros e a gente pague somente pelo que está consumindo”, destacou.

Atuação do Ipem-AM em postos de combustíveis – A fiscalização é realizada diariamente, as equipes de fiscalização do Ipem-AM verificam as bombas dos postos de combustíveis da capital e interior do Estado do Amazonas.

De janeiro a dezembro de 2017, o Ipem-AM fiscalizou 560 postos de combustíveis no Estado do Amazonas. Foram verificados 5.507 bicos de abastecimentos com 67 reprovações o que gerou 108 auto de infrações por irregularidades obtendo 1,21% de postos notificados. A cada 20 litros, o erro permitido é de no máximo 0,5% ou 100 ml.

Durante as fiscalizações realizadas pelo órgão, as principais irregularidades encontradas foram vazamento no bico de abastecimento e mangueira, visor do painel dificultando a leitura, mal estado de conservação, vazamento no bloco medidor, obstrução no eliminador de ar e gases, erro de vazão.

Irregularidades – Caso sejam constatadas irregularidades, as bombas de combustíveis com indícios de fraude serão interditadas e as empresas estão sujeitas as penalidades previstas na lei, como multas que podem chegar a 1,5 milhão.

Ouvidoria – O consumidor que se sentir lesado ou desconfiar de possíveis irregularidades em relação à quantidade de combustível abastecida no veiculo, deve entrar em contato com a ouvidoria do Ipem-AM, por meio do telefone 0800 092 2020, de segunda a sexta-feira, de 8h às 14h, ou enviar e-mail para: [email protected]v.br

Fonte: Governo do Estado do Amazonas
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