BR-319: “Eu não aceito não ter a rodovia”, afirma ministro da Infraestrutura

BR-319 no período de chuvas - Foto: Reproduzida da Página dos Defensores e Amigos da BR-319/ Arquivo Portal do Careiro

O ministro da Infraestrutura Tárcisio de Freitas postou no seu Intagram um depoimento que dá mais esperança e otimismo aos amazonenses sobre o fim do isolamento rodoviário com o resto do Brasil. Em sua rede social, Freitas diz que “chega, parou, acabou a brincadeira, eu quero a 319”, afirma o ministro de forma literal.

A estrada, que já existe desde os anos setenta e tem um tráfego diário de carros de passeios, caminhões e ônibus interestaduais ligando Manaus a Porto Velho, tornou-se um desafio para os gestores brasileiros e para os seus usuários que enfrentam seus mais de 700km de barro, lama e poeira para chegar aos seus destinos.

“Eu não aceito não ter a rodovia. Eu já fiquei sem essa rodovia muitos anos. Já fui lesado muito tempo, já gastei muito dinheiro, perdi horas de viagem, horas de vida no atoleiro. Eu não aceito mais que a população fique presa em atoleiro, que os ônibus não consigam andar, que precisem ser puxados por tratores, que as pessoas fiquem sujas de lama, presas atoladas três, quatro dias”, ministro da Infraestrutura Tárcisio de Freitas no vídeo.

O ministro assegurou esta semana ao governador do Amazonas, Wilson Lima, que na próxima terça-feira (22) sai o resultado da licitação para a repavimentação do Trecho C, de pouco mais de 50 km a partir do município amazonense do Careiro Castanho.

A rodovia de exatos 885 km, inaugurada em março de 1976, com 44 anos, atualmente tem um trecho de 400 km de terra batida, que recebe manutenção para manter o tráfego entre os estados do Amazonas e Rondônia e municípios como Humaitá, Lábrea, Manicoré e Careiro.

Nas suas margens uma centena de pessoas mantém a rodovia viva com várias atividades como pousadas, bares, restaurantes, hotéis de selva, borracharias, além de moradores e colonos que vivem da agricultura familiar.

“A economia, o agro, a industria e o comércio, o setor produtivo como um todo tem de aproveitar a vontade do governo federal de querer fazer. Chega, não aceitamos mais isso,não aceito, a sociedade do Amazonas e de Rondônia também”, assegurou o ministro.

Com relação a questão ambiental, o ministro da infra-estutura garantiu ter em mãos um projeto de engenharia e ambientalmente adequado para a rodovia.

“É muito bom e ambientalmente positivo. Se eu estou elevando a plataforma, protegendo a plataforma das árvores, aumentando muito a nossa capacidade de drenagem, melhorando o meio-fio, tô vindo com obras de artes especiais, tô vindo com mais pontes, com mais bueiros, tô vindo com passagem de fauna, estou recuperando a área degradada, não tem o que pensar. Onde é que eu assino?”, questiona Tarcísio de Freitas

Ponto de Vista Ambiental – Para o ministro, não há dúvidas, nem do ponto de vista ambiental para não se repavimentar a BR-319. “A gente tem que ter a clareza que do ponto de vista ambiental o que está sendo feito é o correto. E não é um contrassenso, é muito lógico. A gente tem que vir com muita energia nisso e mostrar pra que a gente veio. Essas pessoas acreditam na gente e que a gente é capaz de entregar e a gente vai ter que entregar, não pode falhar. Essa é a missão das nossas vidas”, finaliza o ministro da Infraestrutura no vídeo (veja abaixo).

Amigos da BR-319 – A Associação dos Defensores e Amigos da BR-319, que reúne mais de dois mil associados, recebeu as palavras do ministro Tárcísio de Freitas com otimismo e satisfação. A entidade mantém grupos nas redes sociais com informações atualizadas sobre as atuais condições da rodovia.

Vinte e quatro hora por dia seus integrantes trocam mensagens dando a localização dos motoristas em trânsito pela estrada, mandam encomendas e dão dicas para os usuários de primeira viagem. Periodicamente eles fazem fotos, acompanham audiências públicas e se organizam em atos e manifestações a favor da repavimentação da BR-319.

Segundo presidente da Associação, André Marsílio, o ministro tem lutado para vence a burocracia e tem acelerado o processo de recuperação e acredita que o fim dessa ‘novela está próximo’.

“Nós temos acompanhado nos últimos dez anos de perto essa novela e acreditamos que o fim dela está chegando. A aprovação do Estudo Ambiental foi encaminhado ao Ibama e está em análise. O ministro tem se empenhado ao máximo para vencer essa burocracia, principalmente a parte que já tinha licenciamento e já poderia estar pavimentada”, explica Marsílio.

Com informações do Portalvoce.com – Edição de vídeo Portal do Careiro

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