Mais de seis toneladas de queijo foram apreendidas no início da noite desta quinta-feira (1º) no Porto da Ceasa, Zona Sul de Manaus, sob a alegação de que os produtos não estão de acordo com as normas de procedência estipuladas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. A apreensão foi realizada pela Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e é questionada pelos produtores de laticínios.
De acordo com os produtores dos municípios de Careiro da Várzea e Autazes, cidades que se destacam na produção de laticínios no Amazonas, o queijo é tradicional e é comercializado nas feiras e supermercados da capital amazonense livremente.
Segundo os produtores, todos foram pegos de surpresa. Renato Souza Soares, de 42 anos, revende o produto na Manaus Moderna e avalia prejuízo de R$ 90 mil.
“Eles nós pegaram assim que desembarcamos na Ceasa. Isso nunca tinha acontecido antes. Eles inclusive jogaram todo o queijo no chão, um prejuízo enorme. A Adaf explicou que estava apenas cumprindo ordens, mas o que nós queremos é apoio do Estado. Isso porque no Estado não existe ninguém apto a produzir laticínio conforme as exigências. Sendo assim, toda a produção de queijo vai parar agora?”, questionou Renato Souza.
Por semana, a produção de queijo coalho tem renda de mais de R$ 1 milhão. O prejuízo para os produtores, com esta apreensão, soma mais de R$ 90 mil. Entre as exigências para produção e venda ao consumidor, solicitadas pela Adaf, está o manuseio do leite para a confecção do queijo em local próprio e inspecionado pelos órgãos de vigilância sanitária. Mas, os produtores falam que não podem cumprir todas as exigências porque a única cooperativa da região, apta e com acomodações adequadas para a produção de laticínios, está fechada. Segundo eles, o setor pecuário não recebe apoio do governo do Estado para que possa cumprir esse tipo de exigência.
O queijo apreendido encontra-se no pátio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), localizado no Porto da Ceasa.
Publicação: EM TEMPO
Com informações da assessoria
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