Boa Vista (RR) – Com mais de quatro mil imigrantes acolhidos, a Força-Tarefa Logística Humanitária para o estado de Roraima vem atuando, desde março deste ano, no apoio logístico aos imigrantes provenientes da Venezuela. Em cooperação com agências nacionais e internacionais e organizações não governamentais (ONG), o esforço é para que a dignidade de cada pessoa, assim como o respeito ao núcleo familiar, seja preservada. Isso se dá em todos os abrigos que possuem famílias, em que os filhos permanecem junto a seus pais. O esforço tem sido para que as crianças se sintam inseridas socialmente, tanto que parte delas já está matriculada em escolas da região.

Com essa premissa, a Força-Tarefa trabalha de forma a preservar a família e o direito da criança e do adolescente, cooperando com o trabalho desenvolvido pelas ONG que gerenciam sete dos abrigos existentes em Roraima.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) está constantemente presente nas atividades realizadas nos abrigos. Estes também recebem visitas de autoridades comprometidas na manutenção dos direitos humanos, como representantes da Ordem dos Advogados do Brasil e parlamentares.

A Operação Acolhida teve início em meados de março de 2018. Desde a abertura dos abrigos na cidade de Boa Vista e no município de Pacaraima, os imigrantes têm sido acolhidos com acomodações, três refeições diárias, banheiros, lavanderia, atendimento médico e segurança.

Os Abrigos – Atualmente, a cidade de Boa Vista possui oito abrigos e Pacaraima, que fica na fronteira com a Venezuela, possui um. A Força-Tarefa se preocupa em resguardar cada imigrante acolhido. Com isso, cada abrigo possui sua característica própria, existindo os somente para solteiros e os exclusivos para as famílias, onde há espaços de desenvolvimento infantil.

O abrigo Tancredo Neves, gerenciado pela ONG Fraternidade – Federação Humanitária Internacional (FFHI), possui casais sem filhos e solteiros.

O Santa Tereza e o Latife Salomão são abrigos temporários e com gestão somente da Força-Tarefa. O Santa Tereza é ocupado por homens solteiros, e o Latife Salomão por casais sem filhos, solteiros e público LGBT.

Os abrigos Pintolândia, em Boa Vista, e Janokoída, em Pacaraima, são exclusivamente para acolhimento de famílias indígenas, preservando seus costumes e tradições. Também são gerenciados pela ONG FFHI.

O Centro de Acolhimento da Fraternidade Sem Fronteiras, no bairro Hélio Campos, possui dezenas de famílias com crianças. Os abrigos Jardim Floresta e São Vicente, sob a gestão do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), e o abrigo Nova Canaã, gerenciado pela ONG FFHI, também possuem centenas de crianças que vivem com seus pais ou responsáveis.

O trato ao imigrante – O cuidado no trato às pessoas começa desde a entrada do imigrante oriundo da Venezuela no Brasil. No município de Pacaraima, a Força-Tarefa construiu o Posto de Recepção e Identificação, onde são realizados atendimentos de identificação da nacionalidade, emissão do cartão de entrada e saída – para os estrangeiros que não possuem passaporte – e cadastramento, realizado pela Polícia Federal.

No Posto de Triagem, há a presença do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), que atuam no caso de o estrangeiro manifestar a solicitação de refúgio.

A Operação Acolhida, instrumento de ação do Estado Brasileiro, destina-se a apoiar, com pessoal, material e instalações, a organização das atividades necessárias ao acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade, decorrente do fluxo migratório para o estado de Roraima.

Agência Verde-Oliva/Exército Brasileiro

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