Nesta sexta-feira (17), a maior operação de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro do país completa três anos. Tudo começou com quatro investigações da Polícia Federal: Dolce Vita, Bidone, Casablanca e Lava Jato. As três primeiras são nomes de filmes clássicos, escolhidos de acordo com o perfil de cada doleiro investigado. A última fazia referência a uma  lavanderia e a um posto de combustíveis em Brasília, que eram usados pelas organizações criminosas. Desde então, já se foram 38 fases da Operação Lava Jato. Nesse período, os investigadores apuraram fatos relacionados a empreiteiras, doleiros, funcionários da Petrobras e políticos.

Desde o início das investigações, houve 198 prisões, entre temporárias e preventivas, de acordo com números da Justiça Federal do Paraná e do Ministério Público Federal. Em alguns casos, uma pessoa foi presa e, depois de ter sido liberada, foi presa novamente em outra fase da Lava Jato.

Atualmente, 23 pessoas permanecem detidas em presídios. Entre elas, estão o deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antônio Palocci (PT-SP).

Há, ainda, outras 24 pessoas que deixaram a cadeia mas que continuam monitoradas por meio de tornozeleira eletrônica. Entre elas, há investigados mantidos em prisão domiciliar.

Veja abaixo quem permanece preso, segundo a Justiça Federal do Paraná:
* Jorge Antônio da Luz – operador financeiro ligado ao PMDB
* Bruno Gonçalves da Luz – operador financeiro ligado ao PMDB
* Sergio Cabral – ex-governador do Rio de Janeiro
* Carlos Emanuel de Carvalho Miranda – sócio de Cabral, apontado como operador financeiro
* Rodrigo Tacla Duran – advogado, apontado como “operador de offshores”
* Adir Assad – empresário e lobista
* Eduardo Cunha – deputado cassado e ex-presidente da Câmara
* Antônio Palocci – ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos do PT
* Jose Aldemário Pinheiro Filho – ex-presidente da OAS
* Eduardo Aparecido de Meira – empresário ligado a José Dirceu
* Flavio Henrique de Oliveira Macedo – empresário ligado a José Dirceu
* João Cláudio Genu – ex-assessor parlamentar e ex-tesoureiro do PP
* Gim Argello – ex-senador
* José Antunes Sobrinho – sócio da empreiteira Engevix
* João Augusto Rezende Henriques – lobista
* Fernando Antonio F. Gourneaux de Moura – lobista
* José Dirceu – ex-ministro da Casa Civil de Lula e ex-deputado
* Jorge Luiz Zelada – ex-diretor da Petrobras
* Marcelo Odebrecht – ex-presidente da Odebrecht
* João Vaccari Neto – ex-tesoureiro do PT
* André Vargas – deputado cassado
* Pedro Correa – ex-deputado e ex-presidente do PP
* Luiz Argolo – ex-deputado
* Zwi Skornicki (prisão domiciliar) – engenheiro e operador financeiro
* José Carlos Bumlai (prisão domiciliar) – empresário e pecuarista
* Raul Schmidt Felipe Júnior (preso em Portugal aguardando extradição) – operador financeiro
* Branislav Kontic (monitorado por tornozeleira eletrônica) – ex-assessor de Antônio Palloci
* Idelfonso Colares Filho (prisão domiciliar) – ex-presidente da Queiroz Galvão
* Othon Zanoide de Moraes Filho (prisão domiciliar) – ex-diretor da Queiroz Galvão
* Ronan Maria Pinto (monitorado por tornozeleira eletrônica) -empresário
* Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho (prisão domiciliar) – ex-executivo da Odebrecht
* Alexandre Correa de Oliveira Romano (prisão domiciliar) – ex-vereador do PT
* Othon Luiz Pinheiro da Silva (prisão domiciliar) – ex-presidente da Eletronuclear
* Otavio Marques de Azevedo (prisão domiciliar) – ex-presidente da Andrade Gutierrez
* Elton Negrão de Azevedo Junior (prisão domiciliar) – ex-diretor da Andrade Gutierrez
* Marcio Faria da Silva (prisão domiciliar) – ex-executivo da Odebrecht
* Rogerio Santos de Araújo (prisão domiciliar) – ex-executivo da Odebrecht
* Milton Pascowitch (monitorado por tornozeleira eletrônica) -empresário e lobista
* Dario Queiroz Galvão Filho (prisão domiciliar – sócio da Galvão Engenharia
* Mario Frederico Mendonça Goes (prisão domiciliar) – lobista
* Nestor Cerveró (prisão domiciliar) – ex-diretor da Petrobras
* Fernando “Baiano” Soares (prisão domiciliar) – lobista e operador financeiro
* Eduardo Hermelino Leite (prisão domiciliar) – ex-vice-presidente da Camargo Corrêa
* Dalton dos Santos Avancini (prisão domiciliar) – presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa
* João Procópio de Almeira Prado (monitorado por tornozeleira eletrônica) – operador de contas no exterior de Alberto Youssef
* Alberto Youssef (prisão domiciliar) – doleiro
* Nelma Kodama (prisão domiciliar) – doleira ligada a Youssef
* Iara Galdino da Silva (monitorada por tornozeleira eletrônica) -doleira ligada a Youssef