Equipes da Polícia Civil (PC) do município do Careiro Castanho, a 88 km de Manaus, prenderam o ex-secretário de finanças do município, considerado o último foragido da “Operação Apagar das Luzes”, que investigou crimes da ex-administração municipal. A prisão aconteceu no final da manhã desta terça-feira (7), no município de Itacoatiara, a 175 km de Manaus, onde estava escondido.

Desde o dia 19 de janeiro a polícia procurava o ex-secretário de finanças, Aldo Alencar, e o ex-secretário de saúde, que eram os únicos foragidos da operação. No último sábado (4) , Marcley Barbosa foi detido em Manaus e, hoje, foi a vez de Aldo, que estava escondido na casa da irmã, que mora da comunidade ribeirinho do Paraná da Eva, em Itacoatiara.

Segundo os delegados Daniel Antony dos Santos e Mário Silvio Júnior, da 34º Delegacia de Polícia no Careiro Castanho, o preso será ouvido na delegacia do município e depois ficará a disposição da Justiça para cumprir a prisão preventiva.

Aldo e os demais presos na operação – são seis no total, entre ex-secretários e empresários – tiveram as prisões decretadas pela juíza Sabrina Cumbra Ferreia, após investigação da PC que descobriu um esquema criminoso na administração do ex-prefeito Hamilton Villar (PMDB), suspeito de desviar dinheiro público, fraude em licitação , peculato, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

Além de Aldo já foram presos os ex-secretários de saúde, Marcley Barbosa; o de administração, Jacson Chagas Saldanha; o sub-secretário de finanças, Aluísio da Silva Alves; e o Antônio José de Oliveira Gonçalves; além dos empresários Sérgio César Moreno Serejo, o “Coco Seco”, e José Roberto Viana Costa, o “Zequinha”. Somente o ex-prefeito não foi detido pois, segundo a Justiça, ele havia conseguido um “salvo-conduto” para não ser preso.

Delação

O sub-secretário de finanças Aluísio Alves chegou a fazer uma delação premiada com a polícia e revelou o esquema que funcionava na administração do ex-prefeito Hamilton Villar. Devido a essas revelações o empresário teve o pedido de liberdade feito pelo Ministério Público, mas a juíza não acatou o pedido.

Márcio Azevedo / EM TEMPO