Manaus-Am – A Escola Municipal Jorge Resende Sobrinho, localizada no bairro Tancredo Neves, na zona Leste de Manaus, vai participar da etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), em setembro, com seis times, envolvendo 80 alunos que fazem parte do projeto de robótica da unidade. A escola terá na disputa seis times, que concorrerão nas categorias Lego, Microbot, e Arduíno.

A unidade desenvolve, desde 2015, o projeto de Automação e Robótica com alunos de 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental. Em 2017, a equipe de robótica participou da etapa internacional do Torneio de Robótica First Lego League (FLL) Open European Championship 2017, na cidade de Aarhus, na Dinamarca.

Por participarem do Módulo Ensino Fundamental Anos Finais, a expectativa da escola é de que, este ano, pelo menos duas equipes se classifiquem para a etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica.

Colhendo bons frutos com a atividade extraclasse, o gestor da escola, Oswaldo Fernandes, conta que trouxe o projeto para a escola como uma das ações voltadas para a melhoria dos índices escolares e do comportamento social dos estudantes.  Ele também menciona que o projeto era mais um dos desenvolvidos com o objetivo de aproximar a comunidade, mas que acabou contagiando toda a escola.

“A escola era vista com desconfiança pela comunidade. Quando o projeto chegou, os alunos começaram a se sentir pioneiros e perceberam que conseguiam competir de igual pra igual com alunos de estabelecimentos de ensino particulares, inclusive viajando por conta da robótica. Em 2017, ficamos na posição 36, de 118 equipes de todo mundo que participaram do torneio na Dinamarca”.

Para a mãe da aluna Maria Eduarda Nascimento, do 8º ano, Iolanda dos Santos Romero, desde o início do projeto, ela percebeu que a filha melhorou bastante na vida escolar e pessoal. “Ela aprendeu a ser organizada, ter responsabilidade e boas notas. Pra mim, isso é tudo. Ela é muito esforçada, tanto que se destacou bastante e pra mim é um orgulho ter uma filha assim”.

O ganho no desempenho escolar dos estudantes pode ser observado sob vários aspectos. Além de envolver alunos que já apresentavam um bom rendimento, o programa também acolheu alunos que possuíam dificuldades que precisavam ser trabalhadas, aliando a parte técnica a sócio-afetiva.

A aluna Maria Eduarda ressalta que o principal aprendizado adquirido com a participação na equipe de robótica foi a importância do trabalho em conjunto. “Aprendi na escola que a gente precisa um do outro. Antes de entrar na robótica, eu era muito fechada, então aprendi a socializar e compartilhar meu conhecimento. Tem um lema na escola que é ‘Não importa de onde viemos e sim onde queremos chegar’, e isso é muito importante na nossa vida”.

Ela divide o projeto com a estudante venezuelana do 6º ano Erianny Yatsumi, que chegou à escola no início de 2018. Com sete meses em Manaus, ela conta que está adorando fazer parte da equipe. “Eu gostei da robótica e estou achando algo muito bom. Fui recebida bem aqui e espero chegar até a final. Já aprendi coisas como a controlar e armar o robô”.

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