Seis dias depois da sentença do ministro Ricardo Lewandowski, do Superior Tribunal Federal (STF), que suspendeu a Eleição Suplementar no Amazonas, o ex-governador Amazonino Mendes (PDT) afirmou, em entrevista ao Portal do Holanda, nesta terça-feira (4), que a suspensão causou uma confusão desnecessária ao Estado. Para Amazonino, a decisão gerou incerteza, insegurança do direito e das leis.

“A gente percebe do ponto de vista institucional que o Brasil é uma criança. Deixa muita a desejar. O poder judiciário é o poder por excelência que regula a sociedade, as relações das pessoas. No Brasil, é invertido. De repente, o poder judiciário, através de um tribunal superior, numa votação expressiva de 5 a 2, dá uma decisão. Aí um outro membro de um tribunal superior, sozinho, de forma monocrática, cassa a decisão. Isso estabelece uma confusão desnecessária”, comentou.

Amazonino disse que o atual momento pede paciência. “Não é tão satisfatória a Justiça dessa forma, mas é pior sem ela. Temos que aguardar a decisão”, frisou.

Gilberto Mestrinho – Durante a entrevista, de, aproximadamente, 30 minutos, Amazonino lembrou do saudoso amigo, o ex-governador Gilberto Mestrinho. Ele afirmou que Gilberto foi o responsável por colocá-lo na vida pública.

“Ele me conhecia da época da juventude, antes do golpe (de 64). Eu era líder estudantil. Lembro-me que ele (Gilberto) voltou dois anos antes anistia, construiu a eleição dele. subindo e descendo barranco. Eu já estava no ramo empresarial e fui advogar para a campanha dele. Ele, eleito governador, me surpreendeu convidado para eu ser prefeito (de Manaus). Recusei. Mas ele ponderou. A vocação era tão grande e a pressão política no espírito era gigantesca que eu voltei e fechei. Devo a ele. Devo a ele muita mais”, declarou em tom emocionado.

Fonte: Assessoria

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