quarta-feira, junho 18, 2025

Reunião do projeto “Maria Acolhe” encerra campanha Justiça pela Paz em Casa no 2º “Juizado Maria da Penha”

Na reunião do projeto ‘Maria Acolhe’, agressores foram informados sobre as implicações do descumprimento de medidas protetivas e outras questões.

O 2º Juizado Especializado em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Juizado Maria da Penha), do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), reuniu nesta sexta-feira (22) aproximadamente 70 homens que figuram como acusados de agressão em processos que tratam de casos de violência contra mulheres, alertando-os sobre as implicações judiciais do descumprimento de medidas protetivas e informando sobre as etapas processuais. A reunião, integrante das ações do projeto “Maria Acolhe”, que é desenvolvido pelos juizados “Maria da Penha”, marcou o encerramento da campanha Justiça pela Paz em Casa realizada durante toda esta semana  pelo TJAM.

No encontro, os homens que são parte nos processos também assistiram a uma palestra sobre as raízes da violência doméstica e a necessidade do fortalecimento da cultura de paz, especialmente no ambiente familiar.

Realizada no auditório do 2º Juizado Maria da Penha, que funciona no Centro de Referência e Apoio à Mulher (Cream), no bairro Educandos, zona Sul de Manaus, a atividade foi conduzida  pelos assistentes sociais Cyntia Ribeiro e Michael Couto e, também, pelo psicólogo Ismael Rabelo, todos integrantes da equipe psicossocial do Juizado.

A juíza titular do 2º Juizado Maria da Penha, Luciana da Eira Nasser, informou que as reuniões do projeto “Maria Acolhe” ocorrem todos os meses e as atividades são reforçadas em períodos de campanhas como a realizada nesta semana. De acordo com a magistrada, o projeto abrange reuniões tanto com acusados quanto com as vítimas e, além de fornecer instruções sobre trâmites processuais, os encontros buscam combater a violência e estimular a pacificação no seio familiar. “Nas relações familiares, muitas vezes, os vínculos permanecem mesmo após a prática de atos de violência, assim sendo, o projeto ‘Maria Acolhe’ tem como um de seus objetivos o favorecimento da cultura de paz”, disse a juíza Luciana Nasser.

Combate à violência

Em uma das palestras ministradas na reunião desta sexta-feira, o psicólogo Ismael Rebelo abordou as origens da violência masculina contra as mulheres e falou sobre a necessidade de mudanças de comportamento. “Infelizmente, ainda notamos em nossa sociedade a prática secular do patriarcado, onde o homem tem a primazia das decisões deixando a mulher na condição de submissa. Também temos muito evidente a cultura do machismo, que perpetua o patriarcado, privando as mulheres de seus direitos. Tanto uma prática quanto a outra, devem ser combatidas e a Justiça contribui para a mudança desse quadro”, afirmou o psicólogo.

A reunião desta sexta do “Maria Acolhe” foi a 18ª do projeto realizada neste ano no 2º Juizado Maria da Penha. A atividade – assim como outras com o mesmo objetivo – é realizada, igualmente, pelo 1º Juizado.

Fotos: Raphael Alves

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