Arnolfo Cordeiro de Melo, 41,  foi preso nesta quarta-feira (13) por exercer a profissão de advogado irregularmente, em Careiro da Várzea (a 25 quilômetros de Manaus). De acordo com a polícia, a prisão aconteceu nas dependências do Fórum de Careiro da Várzea, no momento em que Arnolfo protocolava uma procuração em nome de duas clientes.

Segundo o titular da 35ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), David Jordão, as investigações em torno do caso tiveram início no mês de junho deste ano, quando Arnolfo se apresentou na 35ª DIP como advogado.

“Os investigadores que atenderam Arnolfo perceberam que ele não tinha conhecimento jurídico e não agia como alguém da área da advocacia, mas tinha um cartão pessoal que ele distribuía contendo suposta inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Nossa equipe consultou o número da inscrição fornecida por Arnolfo e verificou que não havia qualquer tipo de registro com o nome do infrator”, explicou o delegado.

David Jordão ressaltou que orientou a equipe de investigação da 35ª DIP a passar a monitorar Arnolfo, caso ele voltasse à delegacia ou fosse ao fórum. “Hoje pela manhã ele esteve no fórum e ficamos observando o infrator à distância. Como já havia informado a juíza da Comarca, Fabíola de Souza Bastos, que estávamos investigando o indivíduo, assim que ele protocolou documento, representando duas agricultoras, a juíza deu voz de prisão ao infrator pelo exercício irregular da profissão”, esclareceu.

O delegado ressaltou que Arnolfo costumava abordar as vítimas nas proximidades da delegacia de Careiro da Várzea e se identificava como advogado para acompanhar os procedimentos. Além dos cartões pessoais de Arnolfo contendo falsa inscrição junto à OAB, foram apreendidos cartões afirmando que ele também se passava por  psicólogo e pastor de igreja evangélica.

“Nós perguntamos se ele tinha graduação para ser pastor, psicólogo ou advogado e ele negou. Arnolfo argumentou que era  autodidata. Em frente à casa dele encontramos uma faixa oferecendo serviços distintos, entre eles o de pastor e psicólogo. Lá funcionava uma espécie de escritório e igreja”, disse a autoridade policial.

Arnolfo alegou que teria enganado, no total, seis pessoas, exercendo ilegalmente a profissão de advogado. Ele argumentou que sustentava a família realizando manutenção em condicionadores de ar desde que chegou em Careiro da Várzea, há cerca de um ano. “Comecei a fingir que era advogado há oito meses. Cometi um delito. Errei e vou pagar por isso”, declarou o infrator.

O homem foi autuado em flagrante por exercício irregular da profissão e foi indiciado por falsidade ideológica e estelionato. Ao término dos procedimentos cabíveis ele será conduzido à carceragem da 35ª DIP, que também funciona como unidade prisional em Careiro da Várzea.

Com informações da assessoria