Basiléia (Suiça) – De 19 a 24 de maio, o International Committee on Military Medicine (ICMM) realizou o 43rd World Congress on Military Medicine 2019, na cidade de Basiléeia na Suíça. O evento teve por tema central a “Medicina em Movimento” e contou com a participação de 36 países e 261 trabalhos aprovados nos eixos temáticos: Ética e Direito em Medicina Militar; Medicina de Ponta e Liderança em Medicina; Defesa Química, Biológica, Radiológica, Nuclear e Terrorista; e Cooperação Civil-Militar em Medicina de Emergência.

O Departamento-Geral do Pessoal (DGP) se fez representar no Congresso por meio de uma Comissão constituída pelos Coronel de Artilharia Clayton Amaral Domingues, da Assessoria de Planejamento e Gestão do DGP, e Capitão Médico José Walter Vieira de Figueiredo, que apresentaram, cada um, 2 trabalhos científicos.

Pela primeira vez em 98 anos de existência do International Committee on Military Medicine, uma pesquisa brasileira conquistou o prêmio de melhor trabalho científico do congresso. O resumo do artigo científico intitulado “Strenuous Physical Exercises under Extreme Stressfull Conditions impairs Cognitive Processes during Military Training” foi apresentado em sessão oral pelo Coronel Amaral. O referido estudo contou com a colaboração científica do General de Divisão Médico Alexandre Falcão Corrêa, do Tenente-Coronel de Infantaria César Augusto Calembo Marra, da Coronel Médica Carla Maria Clausi e da Enfermeira civil Esmaela Corrêa Pinto Domingues.

Os resultados fazem parte do esforço do Exército Brasileiro em desenvolver medidas efetivas para prevenir a ocorrência de acidentes e aumentar a segurança na Instrução Militar, particularmente nos cursos com alto nível de exigência física e mental. De acordo com o artigo científico premiado, a restrição hídrica e calórica e a privação de sono impostas por operações continuadas impactam negativamente importantes processos cognitivos relacionados à tomada de decisão, tais como: o raciocínio verbal (- 56,25%), o raciocínio numérico (- 60,25%), o raciocínio visuo-espacial (- 44,10%) e a memória de curto prazo (- 60,90%), o que pode comprometer definitivamente o cumprimento das missões e, também, colocar em risco a vida do militar.

O Coronel Amaral é PHD em Medicina (Neurologia/Neurociências) pela Universidade Federal Fluminense, Pós-Doutor em Neurociência Cognitiva e Motora pela University of Maryland, e atualmente exerce a função de Assessor de Gestão do Departamento-Geral do Pessoal e gerente do Projeto Segurança Biomédica.

Fonte: Agência Verde-Oliva

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