Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo PSL, confirmou a escolha do nome do general da reserva Hamilton Mourão como integrante de sua chapa.

A indicação foi confirmada em nota pelo PRTB e a oficialização ocorrerá em convenção nesta tarde. Ao jornal Estado de S.Paulo, Mourão confirmou ter aceito o convite e se disse “honrado”.  

O partido de Mourão, presidido por Levy Fidélix, acrescenta pouco à coligação de Bolsonaro em termos estratégicos, pois leva apenas um segundo de televisão para o programa eleitoral de televisão e rádio do candidato.

Antonio Hamilton Martins Mourão ingressou no Exército em 1972, na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio de Janeiro, também frequentada por Bolsonaro. Foi instrutor da mesma academia, cumpriu missão de Paz em Angola e foi adido militar do Brasil na Venezuela. Ele também comandou a 6ª Divisão de Exército e o Comando Militar do Sul. 

Embora também seja militar, Bolsonaro tem um currículo bem mais modesto que o de seu vice no Exército. O presidenciável chegou a capitão, enquanto Mourão foi general de exército, segunda patente mais alta da coorporação. 

Nos últimos anos, Mourão passou a adotar um perfil linha dura semelhante ao de Bolsonaro. Em seu último discurso como general no Salão de Honras do Comando Militar do Exército, no fim do ano passado, chamou o torturador Carlos Bilhante Ustra de “herói”. 

Antes de deixar o cargo de secretário de Economia e Finanças do Comando do Exército e seguir para a reserva, Mourão causou enorme polêmica ao defender, em uma palestra promovida pela maçonaria em Brasília em 2017, uma possível intervenção das Forças Armadas caso as instituições não resolvessem “o problema político”

À época, o militar afirmou que ou o Judiciário retirava da vida pública “esses elementos envolvidos em todos os ilícitos” ou o Exército teria de “impor isso”. Ele afirmou que não existe uma fórmula de bolo para uma revolução ou uma intervenção, mas que haveria “planejamentos muito bem feitos”.

Em 2015, o comandante do Exército também resolveu internamente outra polêmica. Exonerou Mourão do Comando Militar do Sul e o transferiu para a secretaria de Finanças após seu subordinado criticar abertamente o governo de Dilma Rousseff.

Com informações Carta Capital


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