Manaus/AM – Entenda o caso – O caso foi denunciado em fevereiro de 2018, quando a advogada Luciana Pires tornou público os relatos da filha sobre os abusos sexuais cometidos pelo avô,  que duraram pelo menos sete anos. Segundo a vítima, o último abuso teria acontecido em 2016.

Durante entrevista para uma emissora de televisão local, a advogada contou que o desembargador chegava a arranhar os seios da vítima e fazer sexo oral. “Ela (vítima) me contou chorando que amanhecia com a cama toda suja. Ela falou dos gemidos que ele fazia enquanto estava sendo molestada. Ele pedia para não reclamar, porque ela estava gostando”, disse Luciana na época.

Ainda durante a entrevista, Luciana disse que a filha relatou coisas “pesadas”. “A primeira vez que ele fez, foi pegando nas pernas dela, foi chegando e subindo a mão até a calcinha. Foi daí para pior”, disse.

Quando atuava como juiz da Infância e da Juventude, Romano foi relator da “Operação Estocolmo”, que resultou na prisão do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, em 2014, por chefiar um esquema de exploração sexual infantil. Romano foi quem decretou a prisão de Adail.

Condenado a 47 anos de prisão – O desembargador aposentado Rafael Romano foi condenado a 47 anos de prisão por estupro cometido contra a própria neta. A sentença saiu na manhã desta segunda-feira (8) e foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM). A decisão foi do juíz Ian Andrezzo Dutra. O caso foi denunciado em fevereiro de 2018. À época, a ex-nora dele, a advogada Luciana Pires, tornou público em redes sociais, o relato da filha contando sobre os abusos sexuais cometidos pelo avô, que duraram pelo menos sete anos.

A defesa de Luciana Pires, representada pelo advogado Arthur Ponte, informou que ficou satisfeita com a pena de 47 anos e que não entrará com nenhum recurso.

Já o advogado de defesa de Rafael Romano, José Carlos Cavalcanti, disse que tomou ciência da condenação por meio da divulgação da imprensa e de postagens feitas por Luciana em redes sociais.

Outra denúncia – No mês de agosto de 2018, uma mulher, com então, 29 anos, também denunciou o desembargador Rafael Romano, por abuso sexual. O fato teria acontecido quando ela tinha 13 e 14 anos e trabalhava como babá na casa da filha do ex-juiz da Infância e Juventude.

Na época da denúncia, a mulher relatou em entrevista a um canal de televisão local que entrou na casa da família no ano de 2002, com apenas 13 anos e que, após um ano, o então juiz começou a molestá-la. O desembargador, segundo a vítima, chegou a levá-la para um motel, onde teria aliciado a vítima e a tocado nas partes íntimas. O processo em torno do caso segue em andamento.

Com informações: EM TEMPO

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