A partir de hoje (1º) até o próximo dia 26, o bondinho do Pão de Açúcar, símbolo de um dos mais tradicionais cartões-postais do Rio de Janeiro, terá  iluminação especial na cor rosa, para celebrar o Outubro Rosa, mês da campanha de luta contra o câncer de mama.

A ação é organizada pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI), por meio da Subsecretaria de Políticas para Mulheres. Segundo disse à Agência Brasil o titular da SEDHMI, Átila Nunes, “são quase quatro semanas para reforçar a conscientização das mulheres com relação a esse tema, servindo de incentivo para que procurem o médico, uma vez que hoje há mais de 95% de probabilidade de cura se o problema for descoberto bem cedo”.

Com essa ação, a secretaria se soma a várias outras iniciativas que ocorrerão ao longo do mês de outubro para destacar a importância do diagnóstico e do tratamento precoce do câncer de mama. Átila Nunes ressaltou que toda mulher deve ser incentivada a realizar o autoexame e a mamografia.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), um a cada quatro tipos de câncer que afetam as mulheres é de mama. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), do Ministério da Saúde, estima que entre 2016 e 2017, surgirão no Brasil quase 58 mil novos casos da doença.

Inca – Responsável por iniciar a participação do Inca no movimento, o ex-diretor-geral do órgão, Luiz Antonio Santini, ressaltou hoje (1º), em entrevista à Agência Brasil, a importância do Outubro Rosa. Ele defendeu que o movimento tem que ser esclarecedor e não estimular somente um único exame, como durante algum tempo foi a mamografia.

“O câncer de mama é o mais comum nas mulheres e é o de que elas mais morrem no mundo todo. Só que a possibilidade de cura aumentou muito nos países da Europa, Estados Unidos e Japão, principalmente, mas não aconteceu a mesma coisa nos países do hemisfério Sul”, afirmou. A seu ver, o que mais chama a atenção é que a mortalidade não se expressa de maneira semelhante entre as diversas camadas de renda da população. “Ela é muito maior entre as camadas de renda mais baixa. Isso reflete o acesso ao tratamento em tempo adequado”.

Por isso, na sua opinião, o Outubro Rosa é um movimento importante para esclarecer as mulheres sobre as possibilidades de detetar precocemente e “até de curar o câncer de mama, ou de obter uma expectativa de vida com qualidade por mais tempo”.

É preciso que as mulheres procurem médicos especialistas e realizem outros exames específicos, recomendou. “Não pode focar só na mamografia, que é somente um componente do processo e, infelizmente, não é o melhor”.

Segundo Santini, apesar de todos os avanços ocorridos nesse campo, ainda existem pontos do conhecimento que necessitam ser clareados. Ele citou a importância de identificar subtipos de câncer de mama, de modo que o tratamento seja mais facilitado e mais dirigido para aquele determinado tumor. O ex-diretor-geral do Inca insistiu que a mamografia não faz prevenção de câncer de mama; ela ajuda na detecção precoce do câncer.

Outubro Rosa – O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, visando estimular a participação da população no controle do câncer de mama. Em 1991, a Fundação Susan G. Komen for the Cure lançou o laço cor-de-rosa, que foi distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova Iorque. A data é celebrada anualmente em todo o mundo no mês de outubro, com a meta de compartilhar informações sobre o câncer de mama e promover a conscientização sobre a importância da detecção precoce da doença.

Na próxima quarta-feira (6), a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos fará ação no Campo de Santana, região central da capital fluminense, onde distribuirá material informativo para a prevenção do câncer de mama e de útero. O ato ocorrerá a partir das 9h.

Agência Brasil/Portal do Careiro

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