A Sexta-Feira Santa é a data que católicos reservam para o reconhecimento do sacrifício de Jesus Cristo que, segundo conta a Bíblia, foi assassinado neste dia. Segundo as mesmas escrituras, Jesus Cristo viveu e morreu para salvar todas as pessoas e de seus pecados.
Durante toda a Quaresma, o período de 40 dias que antecede a Páscoa (ressurreição de Cristo), a recomendação da Igreja é que o fiel não coma carne ou substitua isso por pequenas ações de sacrifício. Estas pequenas penitências, que mostram que o fiel está disposto a sacrificar algo de seu dia a dia em memória de Cristo, seriam jejum ou atos de caridade e dedicação ao próximo. O Padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr. explica algumas destas questões em um vídeo.
Quando fala em “carne”, o Código de Direito Canônico da Igreja Católica não diz “carne de boi” ou libera carne de peixes e outros animais, no entanto, diz que o fiel pode se abster de carne ou outro alimento, desde que isso signifique um pequeno sacrifício a ele.
A tradição de comer peixes na Sexta-Feira Santa é, portanto, apenas uma convenção cultivada e mantida por falta de interpretação dos textos da Igreja Católica.
Assim como outros animais, peixes têm sistema nervoso complexo e são plenamente capazes de sentir dor e desespero. Quando são retirados da água e mortos por asfixia e golpes de faca, é exatamente isso que eles sentem: dor e desespero.
Se respeitar o sacrifício de Jesus Cristo descrito na Bíblia inclui não causar sofrimento a quem quer que seja, o consumo de peixes, bois, gatos, galinhas, porcos, cachorros, baleias e qualquer outro animal deveria ser revisto em todos os dias do ano. Especialmente por ser completamente desnecessário, você deveria pensar sobre o consumo de animais e seus derivados. Não derrame mais sangue.
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