Brasília (DF) – Com a grande maioria dos votos dos convencionais – 325 favoráveis, 88 contrários e 27 votos em branco – o PMDB decidiu voltar a ser o Movimento Democrático Brasileiro e adotar a sigla MDB. “Atingimos o quórum com louvor”, disse o presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), ao anunciar o resultado da apuração. A Convenção Nacional Extraordinária foi realizada nesta terça-feira (19), em Brasília, e teve seu ponto máximo na participação do presidente Michel Temer.

Temer disse aos convencionais que “a vitalidade do MDB” dará forças ao seu governo. “Eu não poderia deixar de estar aqui, e revendo velhos companheiros nós ganhamos vitalidade. Não é fácil enfrentar o que enfrentamos, mas podemos dizer que ao assumirmos o governo nós revitalizamos o país”, disse.

O presidente Michel Temer falou sobre importância das reformas, lembrando que todas estão no programa do partido, chamado “A Ponte para o Futuro”. Destacou a emenda constitucional do controle de gastos públicos, aprovado com apoio do Congresso Nacional. “Era chamada de PEC da morte, mas nós aprovamos com apoio dos parlamentares, numa concepção nova de relacionamento com o Legislativo, que antes era tido como uma espécie de apêndice do governo, face a visão centralizadora que o país tinha”. Segundo Temer, a medida é tão séria que vai durar no mínimo 10 anos para que possa eliminar o déficit público.

Temer disse também que não foi fácil aprovar a reforma do ensino médio, que só foi concretizada mais de 20 anos depois do tema ser apresentado na Câmara dos Deputados. Lembrou que houve invasão de escolas para protestar contra a medida. “Mas nós fizemos, porque está no programa do MDB. E hoje o ministro da Educação faz levantamento que aponta, 92% do setor educacional é favorável ao que foi aprovado”.

Outra reforma apontada por Temer é a do setor trabalhista, que segundo ele já está dando resultados. “Estou muito bem impressionado com o número de empregos que estão se abrindo em face da modernização trabalhista.

Segundo Temer, a reforma da vez é a da Previdência, que “não prejudica ninguém”, disse. “Mesmo aqueles que ganham acima do teto da Previdência Social (R$5.330,00) também não terão prejuízo, porque quem ganha R$25 mil ou R$30 mil terão de fazer uma previdência complementar, onde vão perder talvez de 500 a 700 reais. Então, todos saem ganhando, mas saem ganhando especialmente o país, porque no projeto atual há uma economia para o país de cerca de 600 bilhões de reais em dez anos”.

O presidente disse que é o MDB que está fazendo as reformas no país. “Estamos tendo a coragem de fazer as reformas que o país precisa. Nós, o MDB!”, enfatizou. “E o país sairá muito melhor, aliás já está saindo. De quatro meses para cá, o número de postos de trabalho (criados) é de cerca de 1 milhão 160 mil. E a esperança que agora vem vindo com a reforma da Previdência cresce muito mais. E isso se deve ao nosso MDB”, afirmou Temer.

Sobre a força do MDB, Temer destacou o que o partido está fazendo para o país. “Vocês verão, daqui a alguns meses, quando houver o reconhecimento definitivo de tudo que o governo está fazendo, fruto naturalmente de uma conjugação, porque o MDB sempre soube teve a consciência de que numa conjuntura com inúmeros partidos, tem que fazer uma coalização de forças. E foi o que o MDB soube fazer no passado, com as conquistas democráticas, e soube fazer agora para as conquistas administrativas do país”, afirmou.

Concluindo, o presidente disse que chegou à Presidência da República pela via constitucional, mas na verdade isso se deve à presença do MDB no cenário político nacional.

Fonte: Site www.pmdb.org.br

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