Encontro abordou desafios e metas das eleições de outubro

Em seu primeiro ato na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na manhã desta quarta-feira (7), o ministro Luiz Fux reuniu-se com os presidentes dos  Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para discutir os desafios e metas das eleições deste ano.

“O objetivo da reunião foi uniformizar os procedimentos jurisdicionais e administrativos da Justiça Eleitoral. Combinamos que vamos fixar teses jurídicas para que os TREs filtrem os casos que vão remeter ao TSE para que nós não fiquemos comprometidos em decidir questões que eles podem resolver na própria instância jurídica”, disse o presidente em entrevista aos jornalistas após a reunião.

Uma das propostas apresentadas pelo ministro Luiz Fux é que as Escolas Judiciárias Eleitorais (EJEs), ligadas aos TREs, promovam cursos sobre eleições e política voltados para os jovens de cada localidade. Na opinião do ministro, esse é um investimento na formação do futuro do país, uma vez que os jovens serão os “políticos do amanhã”. Esses cursos podem contar com a parceria de acadêmicos e de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em cada região.

Reivindicações – O ministro Luiz Fux também ouviu dos presidentes de TREs reivindicações sobre temas diversos, como biometria e rezoneamento eleitoral. Um dos pedidos foi no sentido de aumentar o número de urnas para o Piauí, considerando o remanejamento de zonas eleitorais no estado.

“Vamos canalizar tudo o que eles pretendem e atender sempre que possível. Mas eles entendem que temos restrições orçamentárias e que nem tudo poderá ser atendido”, declarou o presidente do TSE.

Fake News – Um dos maiores desafios, comum a todos os dirigentes dos tribunais eleitorais, é o combate às notícias falsas, chamadas fake news, durante a campanha eleitoral.

O ministro Luiz Fux sugeriu que cada presidente deve atuar em parceria com a imprensa local para que haja um empenho por parte dos veículos confiáveis no sentido de “auferir com rapidez a veracidade das notícias disseminadas”.

Segundo ele, os jornalistas têm maneiras de confirmar com celeridade o que é ou não verdade, e fazendo isso de forma rápida podem evitar que boatos se espalhem com o intuito de prejudicar candidatos.

Ele também destacou a necessidade de parcerias com o Ministério Público Eleitoral (MPE) e com a Polícia Federal (PF) em cada região para combater as fake news. Isso porque o MPE estará atento às eventuais denúncias e abusos. Por sua vez, a PF precisa estar pronta para executar as decisões judiciais.

Outros temas – Também foram discutidos temas como a possibilidade de uniformização do horário de início e término da votação em todos os estados; auditoria das urnas em tempo real no dia da eleição; segurança das urnas eletrônicas; corte de gastos; e voto impresso.

Em relação ao último tema, especificamente, o presidente do TSE deixou claro que a Justiça Eleitoral depende de um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que a Suprema Corte julgará a constitucionalidade do voto impresso ao analisar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5889.

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