A comunicação social, fruto da evolução social e tecnológica, possui lugar de destaque em todas as organizações e instituições, tanto públicas, quanto privadas. A sua atuação prioritária é visível na atual conjuntura nacional e internacional. Os meios mudaram, migrando do suporte impresso para alcançar as mídias eletrônicas e digitais, porém, a informação ainda é um elemento de extrema importância.

O Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) foi criado em 1981, embora a área de Relações Públicas já atuasse, desde 1951, no então Gabinete do Ministro da Guerra. O Centro é o órgão central do Sistema de Comunicação Social do Exército (SISCOMSEx) e tem por missões: assessorar o Comandante do Exército nessa capacidade; planejar, supervisionar, orientar, coordenar, controlar e promover as atividades de comunicação social do Exército, com o intuito de proteger e fortalecer a imagem da Instituição.

No processo evolutivo da comunicação social no Exército (EB), o período posterior aos governos chefiados por presidentes militares, coincidente com os primeiros passos do CCOMSEx, ficou caracterizado pela adoção da estratégia de comunicação de não gerar ressonância a temas polêmicos e que resgatassem, com distorções, assuntos relacionados aos governos militares. Essa postura ficou conhecida como “Estratégia do Grande Mudo”.

Nessa fase, o EB, pela ação firme dos Comandantes que se sucederam e do Alto Comando, transpôs uma etapa turbulenta, com serenidade, competência, disciplina e profissionalismo, e conseguiu superar as adversidades e a oposição de ideias difundidas em vários veículos de comunicação, em especial, nas “mídias de massa” (TV, rádio e jornal).

Todavia, “O tempo é o senhor da razão”, como afirma o adágio português. Com o passar dos anos, já no século XXI, o EB retomou o seu lugar de destaque devido ao chamamento da própria população, mostrando-se imprescindível para a sociedade brasileira. A Força passou a angariar elevada confiança e a ter mais visibilidade nos meios de comunicação, que passaram a projetar as atividades realizadas nas vertentes do “Braço Forte” (ações operacionais nas fronteiras; garantia da lei e da ordem (GLO) nos centros urbanos; atendimento a compromissos internacionais do Brasil, como o emprego no Haiti); e da “Mão Amiga” (atendimento em calamidades públicas, nas enchentes e na distribuição de água a 4 milhões de pessoas no semiárido nordestino, nas ações cívico-sociais, entre outras ações). Essa atuação proativa ressalta as principais peculiaridades do Exército: a prontidão e a disponibilidade permanentes.

O advento da Internet e das mídias sociais causou significativa mudança no processo comunicacional, cujo fluxo da informação, que era unidirecional, do emissor para o receptor – um consumidor passivo de mídias -, evoluiu para uma participação ativa do interlocutor no relacionamento com as organizações, ampliando o diálogo sobre fatos polêmicos em todas as esferas (elogio, sugestão, crítica e cobrança).

As transformações no mundo digital e o aumento da demanda e da exposição do Exército permitiram que a Instituição se lançasse no ineditismo das mídias sociais a partir de 2010, com o intuito de incrementar o contato direto com os públicos-alvo de interesse.

Hoje, o Exército Brasileiro é o órgão da administração pública federal com o maior número de seguidores no Facebook,tendo 3,6 milhões de pessoas. O Twitter da Força atingiu a marca de 189 mil usuários; o Instagram, 520 mil; e o Youtube, 271 mil inscritos. São números relevantes para uma instituição que objetiva ser mais transparente e alinhada aos anseios da população a que serve e à qual deve consideração e resultados.

Nos últimos anos, o Brasil tem vivido momentos de instabilidade política, econômica, social e, principalmente, ética e moral. Paralelamente, o Comandante do Exército, com visão de futuro e liderança inspiradora, requereu a evolução da comunicação social da Força, a fim de vocalizar para a sociedade que o EB iria pautar as suas condutas em três pilares: a legalidade, a estabilidade e a legitimidade. Essa atitude precursora na comunicação social conduziu o Exército ao papel de “protagonista silencioso” nesse momento da vida nacional.

Aliado com a intenção do Comandante da Força, o CCOMSEx tem buscado a atuação multidisciplinar, usando várias plataformas, com linguagem adequada e em diferentes vertentes de relacionamento com a sociedade e com os veículos de comunicação, cuja finalidade é “vender e entregar”, com oportunidade, as pautas prioritárias que o Exército possui em diversas áreas de atuação, da operacionalidade à ciência e tecnologia, perpassando pela educação e cultura. A intenção é fazer com que o EB seja uma fonte primária de informação, em virtude da grande confiabilidade junto à população.

A decisão de criar uma agência de notícias – a AGÊNCIA VERDE-OLIVA -, combinada com as constantes inovações e melhorias sinérgicas, implementadas no planejamento, no relacionamento com a mídia, na produção e na divulgação de produtos, nas relações públicas, na informação ao cidadão, na tecnologia da informação e na administração e gestão, vai ao encontro dessa nova fase de desafios para a comunicação social do Exército, na busca incessante de tornar-se mais proativa e efetiva na difusão das atividades da Instituição, a fim de permitir que a Força seja, cada vez mais, motivo de orgulho e de confiança para seus integrantes e para a Nação brasileira.

Gen Div Otávio Santana do Rêgo Barros

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