As bancadas evangélica e católica no Congresso estão conversando sobre a possibilidade e apoio mútuo nas próximas eleições. Seu objetivo seria aumentar a representatividade, procurando refletir o tamanho que os cristãos têm na sociedade brasileira.

Segundo o IBGE, evangélicos são cerca de um terço da população, mas sua bancada na Câmara ocupa menos de um quinto das cadeiras. Já a bancada católica tem 48 deputados, menos de 10% dos 513 assentos. No Senado, são apenas 3 evangélicos entre os 81 representantes

reportagem do Estado de São Paulo revela que é a primeira vez que há um diálogo maior para a união de forças. Os dois lados concluíram que possuem as mesmas bandeiras, que vão além de programas eleitorais, e isso irá fortalecer os valores cristãos. A expectativa é elegerem pelo menos 150 deputados e 15 senadores.

Em alguns estados já existem acordos fechados. Em Alagoas, o deputado católico Givaldo Carimbão (PHS), da renovação carismática, receberá o apoio dos evangélicos para sua campanha ao Senado. Nos próximos meses outros nomes deverão ser anunciados como representante dos dois grupos religiosos.

Quem não esconde seu desejo de tentar uma dessas vagas é o deputado Marco Feliciano (PSC/SP). “Meu sonho é o Senado. Mas, se não houver uma boa articulação [entre as igrejas], não vou trocar o certo pelo duvidoso”, explica o pastor que foi o terceiro mais votado para a Câmara em São Paulo, com quase 400 mil votos.

Bandeiras em comum – As condições para o apoio mútuo é o compromisso com as bandeiras comuns, incluindo a oposição ao aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, jogos de azar, eutanásia e ideologia de gênero.

Paulo Melo (PTN), do Movimento Católico Pró-Vida, que também é um dos assessores da bancada católica, afirma: “Os nossos irmãos evangélicos não são nossos adversários e, na medida do possível, estaremos juntos na eleição. Os nossos adversários são PT, PSOL, PSTU e PCdoB, que defendem agenda progressista”.

Do lado evangélico, o deputado Ezequiel Teixeira (Podemos/RJ), apostolo do Projeto Vida Nova, em conversa com o Gospel Prime se manifestou dizendo que “é algo altamente positivo. Quando as bancadas evangélica e católica se unem nós ganhamos todas as votações. É muito importante que nos unamos. Assim vamos ter uma representatividade muito maior”.

Destaca ainda que existem muitas pautas contra a família tramitando e que um país de maioria cristã ganharia muito com essa união de evangélicos e católicos: “Vamos consolidar os princípios éticos e morais que nós, cristãos, temos e defendemos. Precisamos colocar o maior número de representantes no Congresso”.

O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, pastor Takyama (PSC/PR) afirmou que “as bancadas evangélica e católica nunca estiveram tão unidas como no último ano. Acredito que nossa aproximação seja de grande importância para o fortalecimento dos valores cristãos. Em 2017 tivemos grandes batalhas. Em 2018, certamente não será diferente. Quanto mais nos unirmos em prol das famílias cristãs, melhor”.

Informações do site noticias.gospelprime.com.br

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